No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu Orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado.
É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém " … nem completamente mau, nem completamente bom … ", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran.
Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).
A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.
Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e um copo de água ou cachaça, que são “arriados” para Exu.
Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, pambu Njila, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje.
Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda.pois os exus de umbanda sao entidades de pessoas desencarnadas que por motivos de evoluçao espiritual retornaram a terra para cumprir essa missao junto ao seus seguidores . essas entidades sao confundidas com esu ou exu do candonble devido a proximidade que exu tem com os homens,mas na verdade nao sao considerados orixas como o esu(exu)e sim quiumbas que sao conhecedores das vontades dos homens e mulheres no plano terrestre por teren vivido em epocas diferentes mas com os mesmos problemas desejos e sonhos. No candomble de angola (naçao bantu,congo moxicongo)cultuamos as entidades de exu e pombagiras como ancestrais que por motivos espirituais nos trazem recados,cantigas,avisos,mas totalmente distinto do orixa esu ou ate mesmo de (pambu njila) que e a porçao feminina de esu no angola. por varios nomes podemos reconhecer os quiumbas exus de umbanda,exu tiriri,tranca ruas,exu veludo,exu gira mundo,capa preta,pinga fogo,veludo tata caveira ... a palavra "pombagira" na verdade e um pronuncia "abrasileirada" do lingua bantu africana pombogira Pampu Nijila que por ser uma porçao mais feminina do mesmo exu africano se confindiu com a entidade feminina de exu na umbanda. ex:maria molambo pombogira muito conhecida no nordeste rio de janeiro,por suas graças e gracejos por suas palavras fortes e caracteristica de mulher revolucionaria guerreira tem seus devotos fiesis ,Maria Padilha,conhecida assim como Maria Molambo tambem tem seus seguidores sao as mais conhecidas nos candombles de angola entre outras estao Maria Zureta,Catarina ,Dama da Noite ,Sombra da noite,Sete encruzilhadas,Rosa dos ventos ,Rosa vermelha,Maria Bandida ,Dona Navalha.
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